Pessoas que não conseguem ficar sozinhas e estão, continuamente, passando de um relacionamento para outro, podem estar sofrendo de altos graus de carência. A não ser que se proponham a preencher o vazio que sentem internamente, correm o risco de passar a vida sem encotrarem um amor.
O comportamento aparentemente inofensivo de sair de um relacionamento e entrar em outro, geralmente, esconde uma ansiedade imensa.
A ansiedade é a força motriz nesse tipo de atitude. Se não houvesse a ansiedade, o movimento de busca cessaria e a pessoa poderia fazer contato com suas emoções.
Quando uma pessoa está viciada em amor, ela pode, na realidade, estar passando por dois processos: o de idealização ou de inferioridade.
A idealização acontece quando ela julga que o(a) parceiro(a) não está apto a atender as suas expectativas. Com isso, desiste da relação e inicia outra, sempre em busca do par ideal.
Já o sentimento de inferioridade é o contrário. Por não se sentir suficientemente bom/boa para estar ao lado do(a) parceiro(a), abandona antes de ser abandonado(a).
Isso, porque, quem se sente inferior acredita, intimamente, que a outra pessoa irá, cedo ou tarde, “descobrir”quem ele(a) realmente é. Nesse caso, a pessoa está projetando o seu sentimento de menos valia.
A ansiedade leva ao movimento interno descontrolado de passar de um amor ao outro, compulsivamente.
O que se encontra na essência desse comportamento é o sentimento de carência. "A carência é a forma mais cruel de autopiedade, pois a pessoa passa a depender do outro para qualquer coisa.
Com isso ela se torna incapaz de cuidar de si. É uma atitude passiva. Ser independente dá trabalho. e muitos não querem se esforçar para isso.
Quase sempre o sentimento de estar carente, ou seja, a percepção de estar vivendo na falta de algo, pode se expressar de formas diversas, que disfarçam a verdadeira causa atrás do comportamento adotado.
Veja, a seguir, alguns desses sintomas de carência e como eles se manifestam:
Manter diversos relacionamentos
Sair com várias pessoas ao mesmo tempo é uma tentativa de obter garantia emocional. Entretanto, essa garantia é ilusória e quando a pessoa percebe isso, entra em depressão e sofre uma tristeza profunda. Para evitar que isso aconteça, fica mais fácil inventar um novo amor.
Exigir demais nas amizades
Achar que os amigos tem que estar disponíveis para qualquer coisa, a qualquer momento, é uma característica que "esconde" o vício do amor.
Pessoas assim, tendem a esperar muito dos que estão à sua volta, como e acreditam que ser amado(a) implica na idéia de ter a outra pessoa à disposição.
Suprir a carência com uma vida social ativa
Não suportar ficar em casa sozinho, precisar estar sempre falando com alguém, sair em demasia.
Nesse caso, a pessoa procura na rua o que não encontra dentro de si e, geralmente, volta para casa com uma sensação de vazio maior.
Só existe uma maneira de identificar quando uma relação está fundamentada na carência e não no amor. A melhor forma para estabelecer essa diferenciação é identificar o que não é amor.
Um relacionamento não é de amor quando se baseia, por exemplo: ...em sexo ...sentimento de posse ...ciúmes ...simples amizade- hábito ...ostentação da figura da outra pessoa ...interesses sociais e financeiros, etc.
O sentimento de vazio interior e insegurança só pode ser curado pela própria pessoa. A carência está diretamente relacionada com a auto-imagem.
Se você sofre com a necessidade de estar sempre ao lado de alguém, mesmo que a relação seja insatisfatória, sempre é tempo de escolher outras formas de usar sua energia.
É melhor suportar a angústia de estar só, compreender suas causas e superar os medos para que realmente consiga um amor de verdade, do que continuar vivendo de ilusão em ilusão.
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